Após cobrança dos bancários de BH, Mercantil normatiza procedimento de segurança para saída de funcionários

Em reunião realizada nesta quarta-feira (14), na sede do Mercantil do Brasil, em Belo Horizonte, o banco apresentou um documento que normatiza o procedimento de segurança da saída de funcionários das agências. A formalização atende a uma reivindicação feita pelo Sindicato durante mediação realizada no dia 22 de fevereiro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE-MG).

De acordo com o documento, o procedimento normatizado tem o nome de “Saída Segura” e será incorporado às normas de segurança do Mercantil. De acordo com o banco, o objetivo é “garantir a segurança e resguardar a integridade física de moral dos empregados e seus familiares em uma eventual ocorrência de extorsão, ameaça ou violência”.

O procedimento consistirá na “apresentação ao vigilante, de forma espontânea e por livre iniciativa do empregado, do conteúdo de sacolas, malas, mochilas, malotes, caixas e qualquer outro tipo de grande volume”. Ele deverá ocorrer em local reservado e não será permitido contato físico do vigilante com o empregado e seus pertences pessoais, cabendo apenas a visualização superficial.

Entre outras informações do documento, o banco também ressalta que o procedimento não se aplicará aos Postos de Atendimento (PAs), às áreas do Edifício Sede e demais localidades em que não há movimentação de numerário por parte dos funcionários.

Durante a reunião desta quarta-feira, o Mercantil afirmou que todas as informações sobre o procedimento “Saída Segura” também serão repassadas diretamente aos funcionários e funcionárias por meio de canais internos de comunicação.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, o banco, muitas vezes, insiste em adotar procedimentos sem ouvir seus trabalhadores e o Sindicato. “O banco tem obrigação de sempre buscar recursos e políticas que garantam a segurança e bem-estar de seus trabalhadores. Entretanto, segundo a lei, deverá sempre respeitar a honra, a intimidade e a imagem de seus funcionários, o que não havia ficado claro no comunicado anterior feito através de uma áudio conferência”, afirmou.

Vanderci Antônio da Silva, que também é funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, destacou que o banco se comprometeu em relação ao caráter espontâneo da apresentação dos funcionários aos vigilantes. “O Sindicato não tolerará que os trabalhadores sejam intimidados pelo banco para apresentar seus pertences. Os procedimentos de segurança adotados pelo Mercantil, e agora normatizados, devem ser um instrumento de prevenção da violência e não de exposição dos trabalhadores a situações vexatórias”, explicou.

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