Bancários do Badesul lançam manifesto em defesa do banco de fomento público e preparam ato de solidariedade nesta sexta (30)

O Badesul foi alvo de um ataque midiático nesta semana por conta de notícias sobre operações de financiamento. Desde que as informações passaram a ser veiculadas, especialmente pela grande imprensa, os funcionários ficaram preocupados com a imagem do banco e com seu futuro. O Badesul é um banco público de fomento que ajuda o Estado a se desenvolver e chegou a ser descredenciado do BRDE como parceiro de investimento.

Na quarta-feira, 28/9, os bancários do Badesul lançaram o manifesto “O Badesul é forte e viável”. No texto, os números demonstram a saúde do banco, sua importância para o desenvolvimento do Estado e apontam a trama por trás dos ataques à imagem do banco. Na quinta-feira, 29/9, o BRDE reestabeleceu o fluxo de operações com o Badesul.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários), Everton Gimenis, tem dito que a suspensão de limite de crédito do BRDE para o Badesul é muito estranha. “Como qualquer banco público ou privado que abre linhas de crédito, o Badesul está sujeito a buscar recuperação de valores. Isso acontece com grandes bancos privados, com grandes bancos públicos. É estranho que, nas vésperas de eleição municipal, comecem a aparecer notícias de que o Badesul está com problemas, quando nós sabemos que isso não procede”, avaliou Gimenis.

O diretor do SindBancários, Carlos Bobsin, acrescenta que o ataque à imagem do banco público de fomento está alinhado com uma política de privatizações agressiva comandada pelos governos federal e estadual. “O Badesul é um banco com saúde financeira, tem história de financiar e garantir o desenvolvimento do Estado em áreas fundamentais, como a agricultura. Se o governo do Estado tiver interesse de manter o Badesul público e forte, basta incentivar o fortalecimento da instituição”, acrescentou Bobsin.

Nesta sexta-feira, 30/9, a partir das 9h, a GREVE dos bancários irá abraçar o Badesul. Em frente à sede do banco, no Centro de Porto Alegre, a partir das 11h, será iniciado Ato de Solidariedade aos Bancários do Badesul. Ao meio-dia, haverá almoço coletivo.

A greve nacional dos bancários segue fortalecida em seu 24º dia, a quinta, 29/9. Após a reunião com a Fenaban, na quarta-feira, 28/9, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários orientou a rejeição da nova proposta e a manutenção da greve por tempo indeterminado. A Fenaban ofereceu os mesmos 7% de reajuste no piso e verbas salariais (vales e auxílios) e abono de R$ 3.500. Os bancários querem aumento decente, garantias dos empregos, mais segurança e melhores condições de trabalho. A greve chegou ao 24º dia, com 305 agências fechadas na área do SindBancários, totalizando 1.035 em todo o Estado.

Ato em frente à DG do Banrisul cobra da diretoria negociação da pauta específica e defende banco público

O 24º dia da greve dos bancários levou para a frente da sede da Direção Geral (DG) do Banrisul, desde a manhã da quinta-feira, 29/9, uma cobrança. Banrisulenses, bancários de outros bancos públicos deram um recado direto. Chegou a hora de a direção do Banrisul retomar as mesas de negociação da pauta específica dos Banrisulense. Desde que a Campanha Salarial se iniciou somente no dia 2 de setembro houve mesa de negociação, e os representantes do banco chegaram de mãos vazias.

Com muita disposição para lutar por melhores condições de trabalho, os bancários começaram a chegar para a concentração às 10h. O trecho da Caldas Junior, rua em que fica a sede da DG, ficou fechada. Teve almoço coletivo, o tradicional salsichão com pão, que os bancários chamam de “salchipão”, o som ao vivo com o músico gaúcho Rosa Franco e manifestações de que não há motivos para o Banrisul deixar de se reunir com o Comando Nacional dos Banrisulenses e negociar avanços na pauta específica.

“Está muito boa e muito mobilizada a nossa greve. Com a demora das negociações com a Fenaban, a diretoria do Banrisul pode muito bem nos receber para negociarmos avanços. Temos muito o que conversar. Os Banrisulenses também precisam saber que é tempo de defender o banco público dos gaúchos. Tanto o governo do Estado quanto o governo federal estão mostrando disposição para vender o patrimônio público. Por isso é hora de os Banrisulenses manterem a mobilização para que possamos buscar melhores condições de trabalho e fortalece a luta para defender o Banrisul público”, explicou Gimenis.

O presidente se refere há algumas sinalizações sobre possível utilização do patrimônio público para, por meio de um discurso de crise e caos nas finanças, justificar venda de empresas públicas. No mês passado, o governo federal chegou a anunciar um acordo de rolagem da dívida dos estados por 20 anos, com seis meses de moratória. Mais recentemente, coluna em jornal de grande circulação registrou intenção do governo do Estado de alterar o artigo 22 da Constituição Estadual na Assembleia Legislativa, desobrigando a chamada de plebiscito ou consulta pública à população para realizar qualquer alteração administrativa nas empresas públicas estaduais.

Nesta sexta-feira, 30/9, a partir das 11h, os Banrisulenses têm um compromisso com a sua luta e em defesa do Badesul público e fortalecido. Em frente à sede do Badesul, no Centro de Porto Alegre, terá início um ato de solidariedade em defesa do banco de fomento público. Ao meio-dia, haverá almoço coletivo. Após, uma Caminhada em Defesa do Badesul percorrerá as ruas do Centro de Porto Alegre. O Badesul, no início desta semana, foi alvo de ataques e chegou a ser descredenciado como parceiro do Badesul. Na quarta-feira, 28/9, foi reestabelecido o fluxo de operações entre as duas instituições.

A greve nacional dos bancários seguiu fortalecida em seu 24º dia, a quinta, 29/9. Após a reunião com a Fenaban, na quarta-feira, 28/9, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários orientou a rejeição da nova proposta e a manutenção da greve por tempo indeterminado. A Fenaban ofereceu os mesmos 7% de reajuste no piso e verbas salariais (vales e auxílios) e abono de R$ 3.500. Os bancários querem aumento decente, garantias dos empregos, mais segurança e melhores condições de trabalho. A greve chegou ao 24º dia, com 305 agências fechadas na área do SindBancários, totalizando 1.035 em todo o Estado.

Agenda de mobilização da greve

Sexta-feira, 30/9

10h: Concentração para Caminhada de Mobilização da greve em frente à sede do BRDE (Rua Uruguai, 155, Centro Histórico de Porto Alegre).

 

11h: Concentração para Ato de Solidariedade aos bancários do Badesul em frente à sede do banco público (Rua Andrade Neves, 175, Centro Histórico de Porto Alegre).

12h: Almoço coletivo em frente à sede do Badesul.

Segunda-feira, 3/10

10h: Ato em Defesa dos Bancos públicos e de Mobilização para fortalecimento da greve em frente à sede do Banco do Brasil (Rua Uruguai, 185, Centro Histórico de Porto Alegre).

 

 

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