Foi significativa a participação dos bancários e bancárias durante o XIV Encontro Regional do Mel, realizado no dia na última sexta-feira (13), na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Picos, a 308 quilômetros de Teresina. Na oportunidade, os bancários se dividiram em grupos para discutir questões específicas do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Bancos Privados, sendo esse o pontapé inicial para definir os eixos da Campanha Nacional 2018.
Ainda conforme a programação, o setor jurídico do Sindicato dos Bancários do Piauí, através da advogada Luciana Castelo Branco, prestou atendimento na parte da tarde, tirando dúvidas e esclarecendo sobre processos em andamento.
Conforme explica o dirigente sindical Fábio Neiva, foram abordadas questões relacionadas a Cassi, Previ, mudanças em relação à nova lei trabalhista, bem como as consequências em relação ao fechamento de agências na região de Picos, como em Jaicós. “Estamos nos mobilizando para junto com a comunidade, empresários e representação política, tentar nos associar ao poder público municipal e estadual, além de representantes federais, para que tentem buscar uma solução em curto prazo para que seja restabelecido novamente o serviço bancário em Jaicós”, enfatizou, ao mencionar os prejuízos que a comunidade está sofrendo por conta do fechamento da agência.
O diretor João Neto, que coordenou a equipe dos bancos privados, destacou a discussão acerca da Campanha Nacional 2018, informando que será uma campanha difícil este ano para toda a classe trabalhadora. E aos sindicatos, cabe a organização nas suas bases. “A gente vai ter uma campanha difícil, pois a nova lei impacta na vida do trabalhador e da sociedade, uma vez que diminui o leque de benefícios como: tíquete, décimo terceiro e plano de saúde, garantidos na Convenção Coletiva”, ponderou e acrescentou que se trata de uma triste realidade.
Por sua vez, a diretora Lusemi Carvalho, que participou da discussão junto com bancários do BNB, foi taxativa ao afirmar que dentre os pontos abordados como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e, mais especificadamente quanto à reestruturação, a categoria não se mostrou contra, desde que seja para dar celeridade ao atendimento nas agências, mas que possibilite condições dignas de trabalho a todos.
Na avaliação da diretora de Imprensa e Comunicação, Hortência Oliveira, o encontro foi um sucesso e muito bem organizado. “Apesar de termos enviados convites para categoria da Caixa participar, poucos marcaram presença e isso me preocupa, pois estão retirando os direitos dos trabalhadores garantidos no Acordo Coletivo, o tempo está passando e precisamos discutir o que fazer para impedir isso”, disse, conclamando a categoria a ‘arregaçar as mangas’ e trabalhar no sentido de buscar garantir esses direitos conquistados.
Para finalizar, o presidente Arimatéa Passos reforçou que o encontro teve êxito em sua realização, sendo essa a oportunidade da categoria reivindicar e incluir seus anseios na pauta geral que será definida em breve. “A gente está seguindo um novo formato, pois fazemos uma divisão das questões em grupos do BB, Caixa, Privados e BNB. E foi muito bom porque temos uma base das reivindicações daquela região que tem um grande número de empregados e bancos”, conclui, assegurando que esse é um momento de muita união da categoria e que a luta não é uma só, pois são mais de duzentas cláusulas que protegem o direito dos trabalhadores bancários e bancárias.
