Pagamento do 13º, ameaçado por Bolsonaro, garante R$ 211 bilhões na economia

 O pagamento do 13º salário representará incremento de aproximadamente R$ 211,2 bilhões na economia brasileira, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa é do Dieese e foi divulgada hoje (18). O valor inclui trabalhadores do mercado formal e beneficiários da Previdência, em um total de 84,5 milhões de pessoas.

Criado nos anos 1960, sob críticas empresariais e de parte da mídia, o benefício está na mira da campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), já chamou o 13º de "jabuticaba", por ser próprio do Brasil, e defendeu sua extinção. Para compensar o mal-estar, Bolsonaro determinou que seu vice falasse menos e cogitou criar um 13º Bolsa Família.

O cálculo do Dieese abrange 48,7 milhões de trabalhadores com carteira (sendo 1,8 milhão de empregados domésticos) e 35,8 milhões de aposentados e pensionistas (34,8 milhões beneficiários do INSS), com média de R$ 2.319,59.

O valor total cresceu 2,8% em relação a 2017. Considerada a inflação (INPC-IBGE) prevista para o ano, o instituto calcula queda de 1,3%.

O Dieese usou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho, além da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), Previdência Social e Secretaria Nacional do Tesouro. Não estão incluídos trabalhadores autônomos e assalariados sem carteira, entre outros.

Dois terços do 13º, R$ 139,4 bilhões, vão para trabalhadores formalizados. Aposentados e pensionistas ficam com R$ 71,8 bilhões (34%). Apenas no estado de São Paulo o valor chegará a R$ 60,7 bilhões, 29% do total do país.

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